O estado de São Paulo retorna na próxima segunda-feira (12) à fase vermelha da quarentena, que permanecerá em vigor até o dia 18 de abril. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa da gestão estadual nesta sexta-feira (9).
A mudança ocorre após o estado registrar uma ligeira queda na taxa de internação dos leitos de UTI, que segue em patamares altos, acima de 88%.
Nesta semana, o estado registrou novo recorde de mortes em 24 horas: foram 1.389 na terça-feira. Na quinta (8), São Paulo ultrapassou a marca de 80 mil mortes desde o início da pandemia.
Apesar dos números, a gestão de João Doria (PSDB) considerou ser possível flexibilizar e permitir o funcionamento de alguns setores considerados essenciais.
Na prática, a medida permite o retorno das atividades presenciais nas escolas das redes públicas e privadas, desde que autorizadas pelas prefeituras, além da abertura de alguns serviços essenciais que estavam vetados e de competições esportivas profissionais.
O governo aceitou os novos protocolos elaborados pelo Ministério Público Estadual e pela Federação Paulista de Futebol e liberou a retomada do Campeonato Paulista.
O funcionamento de bares, restaurantes, academias, salões de beleza, além de celebrações religiosas presenciais, seguem vetados.
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Foi mantido, ainda, o toque de recolher das 20h às 5h. O cumprimento da restrição de circulação continua a ser fiscalizado por uma força-tarefa composta por integrantes das vigilâncias sanitárias, Polícia Militar e Procon.
Governo vê resultado na fase emergencial
A gestão estadual decidiu não prorrogar novamente a fase emergencial, em vigor desde o dia 15 de março.
Quando anunciada, a medida deveria permanecer até o dia 30 de março, mas foi estendida até 11 de abril.
"Essa medida que foi tomada hoje pela manhã através do diálogo com o centro de contingência, com a equipe do secretariado e o governador João Doria, mostra claramente que a medida tomada na fase emergencial, o esforço feito nas últimas semanas, começa a dar resultados", disse o vice-governador Rodrigo Garcia.
Escolas
Embora tenha mantido a educação como serviço essencial, e permitido o funcionamento com 35% da capacidade das escolas, a gestão estadual manteve a prioridade para o ensino remoto durante toda a fase emergencial.
Na rede estadual, o governo antecipou os recessos de abril e outubro para o período de 15 a 28 de março. Nas cidades que optaram pela antecipação de feriados municipais, as aulas voltaram de forma online no dia 5 de abril.
A partir do dia 14, entretanto, conforme anunciado nesta sexta (9), a rede estadual volta a receber alunos presencialmente.
Na capital paulista, a Prefeitura de São Paulo já havia anunciado que as escolas poderiam retomar as atividades presenciais a partir do dia 12 de abril caso a gestão estadual não prorrogasse novamente a fase emergencial.